sábado, 3 de agosto de 2013

Desenhando com a tesoura

Recortar e colar, mais conhecido por colagem, é uma técnica datada da história antiga que teve seu valor artístico reconhecido com o Cubismo no século XX. Antes disso, era considerada brincadeira de criança ou manifestação da arte popular. O uso diversificado de materiais como madeira, pedaços de jornal, tecidos e objetos, sobre um suporte, dificulta a classificação da colagem, que está entre a pintura e a escultura.
Fruteira e Copo (1912), de Georges Braque (1882-1963), é considerada uma das primeiras colagens da arte moderna. A partir desse momento, a técnica passou a ser largamente empregada em diferentes escolas e movimentos artísticos, com sentidos muito variados. Um exemplo é Pablo Picasso (1881-1973) que encontra no novo recurso um instrumento de experimentação inigualável. No Brasil os nomes de destaque são: Carlos Scliar, Piza, Guignard, Jorge de Lima, Athos Bulcão, Hélio Oiticica e Lygia Clark.

Composição, Carlos Scliar. (Vinil e colagem encerados sobre tela)



Quatro barcos, Carlos Scliar (Vinil e colagem encerados sobre tela)

Atualmente, são muitos os artistas que se dedicam a essa arte. Anderson Thives é paranaense e vive no Rio de Janeiro. Apesar de ser autodidata, estudou Artes Plásticas e há 10 anos trabalha o “Pop contemporâneo” em colagens. Veja o trabalho de Thives e de outros artistas do ramo.


Monalisa, Anderson Thives


Escrava Isaura, Anderson Thives

Colagem de Derek Gores

Colagem de Mayuko Fujino


Colagem de Peter Clark

A colagem permite a todo ser humano tornar-se um artista criador, e assim fugir da massificação tão presente no dia a dia em sociedade. Além das propriedades físicas dos materiais e da possibilidade de resignificar obras de arte já existentes, colando e recortando, os artistas empregam suas cargas humanas e sociais como elementos de expressão artística. Que tal criar a sua também? Inspire-se com este Top 50.

Texto: Luciana Resende


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