quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Gastronomia e cinema


A gastronomia faz parte do cotidiano das pessoas. Da mais simples a mais sofisticada preparação, dos grandes chefes às donas de casa, a preocupação com o cheiro, a textura e, principalmente, o sabor das refeições têm um espaço importante. Já pensou em quantos filmes você já viu que também traziam essa temática? Direta ou indiretamente, a comida sempre está presente nas produções cinematográficas. 
Pegamos dois exemplos bem conhecidos pelo público. São os filmes Ratatouille e A Fantástica Fábrica de Chocolates. O primeiro conta a história de um chefe de cozinha nada convencional. O ratinho Remy é apaixonado por gastronomia e encontra um modo de exercer a profissão que tanto sonhava quando conhece Linguini. Durante o desenrolar da história, a dupla prepara pratos incríveis e eles descobrem juntos todas as maravilhas e belezas da gastronomia. 



Na animação, existe um cuidado estético a ser tomado: como a história mistura um rato ao cenário da culinária, tem de se compor o personagem principal de forma a não torná-lo asqueroso, mas conquiste a simpatia do público. Ao longo da história, Ratatouille vai se envolver com a cozinha e essa mistura geralmente nos causa rejeição. Além disso, as cores utilizadas não apelam para tons fortes, como em desenhos infantis. São cores menos vivas, para que adultos também se interessem pelo visual da trama. Além disso, o cenário francês é evidenciado pelas composições das paisagens e sotaques para dar uma veracidade estética ao longa. 
A Fantástica Fábrica de Chocolates também é uma história que mergulha fundo na culinária, mas explorando o lado dos doces. Ao longo do filme vamos conhecendo, ao lado de Charlie, a incrível fábrica que produz os melhores e mais inusitados tipos de chocolates e sobremesas. O filme, que é baseado em um livro homônimo escrito por Roald Dahl, teve duas adaptações para o cinema, uma em 1971 e outra em 2005. Na mais recente, o uso da tecnologia tornou os cenários ainda mais impressionantes e, porque não dizer, deliciosos. 
As releituras da obra apresentam uma evolução tecnológica e não eliminam a espetacularização do ambiente. O universo ali é composto por elementos que trazem mistério e encantamento pelo chocolate, que é o produto produzido. Esteticamente o ambiente é repleto de elementos coloridos, trazendo um ar imaginário à fábrica, onde o fator visual vai influenciar diretamente no paladar dos visitantes do lugar. 


Na primeira versão, as cores mais utilizadas são vermelho, azul, amarelo em tonalidades bem vivas, característica interessante nos filmes da época. Os Oompa Loompas - personagens que trabalham na fábrica - são mais "exóticos" do que os da segunda edição. Além disso, trata-se de um filme musical, característica que reforça ainda o imaginário da trama. 


O visual da segunda edição se mostra mais futurista, visível até mesmo nos personagens. Menos musical, a versão apresenta ainda momentos cantados, em menor proporção, mas o ambiente não se torna menos mágico devido a esta característica. 


Texto: Lílian Moura, Fernanda Lopes e Laura Gomes

Nenhum comentário:

Postar um comentário