sábado, 3 de agosto de 2013

A fotografia caótica e sensível de Fabio Stachi


Antigos hospícios, construções abandonadas e caindo aos pedaços, locais sujos e evitados pela maioria das pessoas: esses são os cenários preferidos do fotógrafo paulista Fabio Stachi. Formado em design gráfico, se envolveu no mundo artístico desde pequeno, estudando desenho durante a adolescência. O gosto pela fotografia floresceu ao longo de sua vida e “com o amadurecimento pessoal e artístico, a sensibilidade e entrega com a fotografia foi tomando espaço em sua vida”. Atualmente, o artista faz parte do coletivo artístico Famiglia Baglione e trabalha com a imagem há 10 anos.




De acordo com o fotógrafo, a influência de seu trabalho vem do pintor barroco Caravaggio - por meio do jogo de luz e sombra característico do mesmo; das ilustrações impressionistas e que exaltam a sensualidade da figura feminina do italiano Pino Daeni, e das fotos ousadas do checho Jan Saudek.  



A principal modelo do trabalho de Fabio é sua própria namorada, Patrícia Costa, que também ajuda a escolher as locações das imagens. Suas obras são marcadas pelo ambiente caótico, que entra em conflito com modelos belas e delicadas. A sensualidade e o visceral são as características mais marcantes de seu trabalho.



O clima das imagens é sombrio e obscuro. Contudo, é a delicadeza e a sensibilidade do olhar do artista que conferem as suas obras um equilíbrio comovente e impactante. A beleza melancólica e sensual por trás da sujeira e no caos florescem em fotografias lascivas e humanas. Dessa forma, não é possível ficar apático às fotografias de Fabio.



Na página do facebook do artista, a descrição real e verdadeira de seu trabalho: “o trabalho de Fabio convida para um diálogo com a inquietude humana, carregado de sentimentos e provocações. [...] Não se prende a regras e conceitos estéticos. [...] Apresenta a imagem como um fluxo da vida contínua, e com um olhar qualificado, investe incansavelmente no pensamento do impensado.” Para acessar o site do artista, clique AQUI.


Texto: Júlia Boaventura

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