Recortar
e colar, mais conhecido por colagem, é uma técnica datada da história antiga que teve seu valor artístico reconhecido com o Cubismo no século XX. Antes
disso, era considerada brincadeira de criança ou manifestação da arte
popular. O uso diversificado de materiais como madeira, pedaços de jornal,
tecidos e objetos, sobre um suporte, dificulta a classificação da colagem, que
está entre a pintura e a escultura.
Fruteira
e Copo (1912), de Georges Braque (1882-1963), é
considerada uma das primeiras colagens da arte moderna. A partir desse
momento, a técnica passou a ser largamente empregada em diferentes escolas e
movimentos artísticos, com sentidos muito variados. Um exemplo é Pablo Picasso
(1881-1973) que encontra no novo recurso um instrumento de experimentação
inigualável. No Brasil os nomes de destaque são: Carlos Scliar, Piza, Guignard,
Jorge de Lima, Athos Bulcão, Hélio Oiticica e Lygia Clark.
Composição, Carlos Scliar. (Vinil e colagem encerados sobre
tela)
Quatro barcos, Carlos Scliar (Vinil e colagem encerados sobre
tela)
Atualmente,
são muitos os artistas que se dedicam a essa arte. Anderson Thives
é paranaense e vive no Rio de Janeiro. Apesar de ser autodidata, estudou Artes
Plásticas e há 10 anos trabalha o “Pop contemporâneo” em colagens. Veja o
trabalho de Thives e de outros artistas do ramo.
Monalisa, Anderson Thives
Escrava Isaura, Anderson Thives
Colagem de Derek
Gores
Colagem de Mayuko
Fujino
Colagem de Peter Clark
A
colagem permite a todo ser humano tornar-se um artista criador, e assim fugir
da massificação tão presente no dia a dia em sociedade. Além das propriedades
físicas dos materiais e da possibilidade de resignificar obras de arte já
existentes, colando e recortando, os artistas empregam suas cargas humanas e
sociais como elementos de expressão artística. Que tal criar a sua também?
Inspire-se com este Top
50.
Texto:
Luciana Resende
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