Rosângela Rennó é uma importante
artista plástica da arte contemporânea brasileira. Nascida em Belo Horizonte
(MG) no ano de 1962, é graduada em Arquitetura pela Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG) e pós-graduada em Artes Plásticas pela Escola
Guignard de Belo Horizonte e doutora em Artes pela Escola de Comunicações e Artes
da Universidade de São Paulo.
Em suas obras essa sua formação
intelectual está muito presente. Nas suas criações os detalhes arquitetônicos
estão muito bem representados, compondo uma obra de arte extremamente
conceituada.
Outro recurso muito utilizado por
Rennó nas suas criações é a fotografia. Ela não é uma fotógrafa por formação,
mas a artista se apropria dessa área com maestria. Fato que causa certo ciúme
nos fotógrafos profissionais, que se sentem incomodados com a utilização de
fotos com finalidades artísticas, deixando em segundo plano as técnicas de fotografar.
Uma obra de Rosângela Rennó que
utiliza de alguns conceitos fotográficos é o Hipocampo (1995). A criação em questão trabalha com os efeitos de
luz e sombra, o que causa grande fascínio no seu observador. O Hipocampo consiste numa sala branca e vazia
fortemente iluminada que, de repente, fica escura. Em seguida, uma série de
textos em forma trapezoidal surgem no meio da escuridão.
Em seguida os textos vão perdendo
sua luminosidade para não permitirem sua leitura completa. Após esse processo,
seus apreciadores tinham gravados em suas memórias um ou mais textos que foram
observados por eles para, aí sim, o visitante da obra tirar suas próprias
conclusões sobre a obra de Rosângela.
Algumas outras obras de Rosângela
Rennó são Frutos Estranhos (2012), exposto no Centro de Arte Moderna de Lisboa, em Portugal. A última foto (2006), exibido na Galeria Vermelho na cidade de São
Paulo (SP) e o Anti-Cinema (1989), mostrado no Centro de Arte e Corpo de Belo Horizonte (MG).
Texto: Frederico Maritan
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