terça-feira, 2 de julho de 2013

Expoentes da cultura urbana atual, Os Gêmeos levam a arte brasileira por onde passam

          Nascidos como Otávio e Gustavo Pandolfo, mas conhecidos nacional e internacionalmente como “Os Gêmeos”, esses dois irmãos levaram o grafite brasileiro aos quatro cantos do mundo. Originária da cidade de São Paulo, a dupla se formou em Desenho de Comunicação pela Escola Técnica Estadual Carlos de Campos, mas foi nas ruas (mais precisamente nos muros) do bairro Cambuci que eles encontraram a forma perfeita e ideal de expressão artística.




            O grafite sorriu para ambos em 1986, quando tinham apenas 12 anos. Desde então, desenvolveram cada vez mais um estilo próprio e uma técnica precisa. Em 1995 veio a primeira exposição de Os Gêmeos, realizada em parceria com diversos outros artistas urbanos, no MIS (Museu da Imagem e do Som) de São Paulo.           



            No início da década de 2000, a dupla recebeu um convite do consagrado artista de rua Loomit para viajarem para Munique, na Alemanha, e realizarem projetos com ele e com outros artistas. Em 2003, Otávio e Gustavo estrearam sozinho numa exposição da galeria Luggage Store, em São Francisco; e em 2005 entraram para a galeria de arte contemporânea nova-iorquina Deitch Projects, fato considerado por muitos como a consolidação dos artistas brasileiros.



            Suas obras podem ser vistas por diferentes países: Inglaterra, Estados Unidos, Grécia, Alemanha, Cuba... Com temas abrangentes e variados, que vão do cunho social/político ou familiar, seus grafites esbanjam cores alegres e vívidas, e são impossíveis de não serem notados até mesmo pelos mais desatentos dos olhos.
           


            Como é o próprio objetivo do grafite, Os Gêmeos e seus incríveis trabalhos vêm garantir que a arte não fique confinada e trancafiada em museus e instituições seletivas; eles elevam suas obras a um nível social, permitindo que todas as pessoas possam desfrutar e encher os olhos com as belas pinturas espalhadas pelos muros do mundo.




Texto: Júlia Boaventura 

Nenhum comentário:

Postar um comentário