segunda-feira, 1 de julho de 2013

Carybé



Hector Julio Páride Bernabó nasceu no dia 7 de fevereiro de 1911 na cidade de Lanús, na Argentina.  Mas foi no Brasil que ele se estabeleceu e é desse país que sua arte deriva, tendo se naturalizado brasileiro em 1957.  Foi pintor, gravador, escultor, ceramista, ilustrador e desenhista.




Escolheu ser conhecido pelo nome de Carybé, apelido que recebeu aos 10 anos quando fazia parte do Clube do Flamengo, um grupo de escotismo do Rio de Janeiro. Todos escoteiros recebiam a denominação de um peixe; coube a ele Carybé, um tipo de piranha. Para ser destacar no mundo artístico, assumiu este epíteto como pseudônimo.



Sua grande paixão foi o estado da Bahia, tornando-se conhecido por suas obras que retratavam e valorizavam a cultura baiana, os rituais afro-brasileiros, a capoeira, a natureza, a gente e arquitetura do lugar.

"Mulata Grande", 1980 - obra exposta no MAM de Salvador 
em homenagem aos 70 anos da chegada de Carybé à Bahia


Ele produziu cerca de cinco mil obras. Ilustrou livros dos escritores Jorge Amado, Mário de Andrade e Gabriel Gárcia Márquez. Também atuou na área pública, assumindo o cargo de secretário da educação do estado da Bahia. Tornou-se um Obá de Xangô, posição honorária no candomblé e morreu de um ataque do coração em um terreiro durante uma sessão religiosa.

Orixás de Carybé

Cabeças do filho-de-santo Abia no rito de iniciação do
 candomblé e figura feminina de costas


Uma de suas obras mais conhecidas é o conjunto de painéis “Os povos afros”, os “Ibéricos” e “Libertadores” de 1988. Estas obras fazem parte da decoração do mural do Memorial da América Latina, situado no bairro da Barra Funda (cidade de São Paulo). Fez também murais para o Aeroporto Internacional de Miami.

Monumento à entrada da Assembléia Legislativa da Bahia, de Carybé

 Texto: Letícia Abelha

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