Hector Julio Páride
Bernabó nasceu no dia 7 de fevereiro de 1911 na cidade de Lanús, na Argentina. Mas foi no Brasil que ele se estabeleceu e é
desse país que sua arte deriva, tendo se naturalizado brasileiro em 1957. Foi pintor, gravador, escultor, ceramista,
ilustrador e desenhista.
Escolheu ser conhecido
pelo nome de Carybé, apelido que recebeu aos 10 anos quando fazia parte do
Clube do Flamengo, um grupo de escotismo do Rio de Janeiro. Todos escoteiros
recebiam a denominação de um peixe; coube a ele Carybé, um tipo de piranha.
Para ser destacar no mundo artístico, assumiu este epíteto como pseudônimo.
Sua grande paixão foi o
estado da Bahia, tornando-se conhecido por suas obras que retratavam e
valorizavam a cultura baiana, os rituais afro-brasileiros, a capoeira, a
natureza, a gente e arquitetura do lugar.
"Mulata
Grande", 1980 - obra exposta no MAM de Salvador
em homenagem aos 70
anos da chegada de Carybé à Bahia
Ele produziu cerca de
cinco mil obras. Ilustrou livros dos escritores Jorge Amado, Mário de Andrade e
Gabriel Gárcia Márquez. Também atuou na área pública, assumindo o cargo de
secretário da educação do estado da Bahia. Tornou-se um Obá de Xangô, posição honorária no candomblé e morreu de um ataque
do coração em um terreiro durante uma sessão religiosa.
Orixás de Carybé
Cabeças
do filho-de-santo Abia no rito de iniciação do
candomblé e figura feminina de costas
Uma de suas obras mais
conhecidas é o conjunto de painéis “Os povos afros”, os “Ibéricos” e
“Libertadores” de 1988. Estas obras fazem parte da decoração do mural do
Memorial da América Latina, situado no bairro da Barra Funda (cidade de São
Paulo). Fez também murais para o Aeroporto Internacional de Miami.
Monumento à entrada
da Assembléia Legislativa da Bahia, de Carybé
Texto: Letícia Abelha
que lindo
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