terça-feira, 30 de julho de 2013

Música e interatividade na teledramaturgia

Se existisse um catálogo, um livro ou um filme sobre as "grandes mudanças do século XXI", a forma com a qual assistimos televisão certamente estaria entre uma dessas mudanças. Nos dias atuais, é comum observarmos uma maior interação televisão versus telespectador, seja pelo controle remoto, seja por outra tela - a do computador, tablet, celular e por aí vai. Redes sociais (Facebook e Twitter, em especial) explodem de comentários sobre jogos, lutas, filmes e novelas, todos os dias.


Há ainda, dentre vários, dois outros tipos de interatividade.

Um deles é a aparição, na TV, dos comentários dos telespectadores na internet. Em transmissões de jogos, por exemplo, é recorrente vermos uma pergunta enviada para o narrador via internet. Diariamente, também podemos ver diversos tweets (as mensagens enviadas pelo Twitter) no canto inferior da tela de algum programa, como o famoso Vídeo Show, da Rede Globo.

Um Brasil holandês

Quando desembarcaram no novo mundo, os colonizadores europeus trouxeram consigo influências da Renascença e do Barroco, que continha forte caráter religioso. No entanto, aqui no Brasil, a missão artística trazida na comitiva holandesa de Maurício de Nassau no século XVII deixaria de lado os temas sacros.
Maurício de Nassau-Siegen chegou ao Brasil por meio das invasões holandesas em Pernambuco, e atuou como governador, representante da Companhia das Índias Ocidentais entre 1637 e 1644. Era protestante e adepto da tolerância e liberdade religiosa, além disso, era um incentivador das artes e das ciências, tendo sido conhecido pelo historiador inglês C. R. Boxer como “o Príncipe humanista no Novo Mundo”.  Seu empenho em realizar uma missão artística e científica trouxe para o Brasil pintores como Frans Post e Albert Echkhout, que contribuíram para a representação do Novo Mundo na Europa.


Publicidade mescla o moderno e o vintage

Existe grande relação entre a arte e a publicidade, com ambas se reinventando constantemente. Diversas obras eruditas e/ou burguesas foram produzidas por artistas que viveram durante a Idade Média e o Renascimento. Retratam temas daquela época e atendem a demandas éticas e estéticas da aristocracia e Igreja de seu tempo. O que pode surpreender é que, segundo Pierre Bourdieu em O Mercado de Bens Simbólicos, essas obras ainda são frequentemente usadas pela Indústria Cultural, que renova suas técnicas e temáticas e adapta os assuntos para uma situação atual.

Foi exatamente isso o que o designer francês, Christian Louboutin, criador de uma linha de sapatos com solas vermelhas, fez na coleção de outono - inverno 2011/2012. O estilista selecionou algumas obras famosas para usar como inspiração e criar seu catálogo. Nas reproduções a seguir, são mostradas a imagem original e a adaptação feita.
Mudança entre o quadro original e a imagem modificada para a Publicidade.
Obras inspiradoras de Christian Loubotin:


Whistler’s Mother (1981), do pintor norte-americano James McNeill Whistler, que retratou sua mãe na obra. Como se vê, há predominância de três cores: preto, branco e cinza. A mulher está sentada de perfil e com uma aparência triste. O artista conseguiu com essa obra reafirmar a importância da família e essa imagem foi utilizada como carimbo em 1934 pelos correios dos Estados Unidos, acompanhada do slogan "em memória e em honra das Mães da América" e ela apareceu também em muitas propagandas comerciais. Um exemplo disso é a campanha citada acima do designer Christian Louboutin, de 2012, para mostrar sua nova coleção de sapatos de solas vermelhas. Na nova versão, a “mãe” tem em mãos um sapato de sua grife, que também é preto e a expressão da mulher é de mais entusiasmo.


Você já ouviu falar de street art?



Também chamado de urbanografia ou simplesmente arte urbana, ela é a expressão que se refere a manifestações artísticas desenvolvidas no espaço público, distinguindo-se das manifestações de caráter institucional ou empresarial, bem como do mero vandalismo. A arte de rua não possui uma origem ou um criador exato. Na Grécia pré-socrática, os aedos homéricos eram cantores que discursavam em versos e música e percorriam a Grécia cantando um repertório de lendas e tradições populares. Tinham a função de envolver a plateia tanto pela melodia e pelo ritmo quanto pelos movimentos do artista e o sentido das falas. A mobilização ideológica também era exercida por eles. 



A beleza do cinema ditando padrões


Inúmeras mudanças aconteceram desde as primeiras exibições do cinema no final do século XIX, na França, até os dias atuais, com toda a magia Hollywoodiana. E em meio a essa revolução, lá estão elas, os ícones de beleza que influenciaram, exibiram e se tornaram seres invejados pelas mulheres nesse mundo globalizado durante todo esse tempo. O feminino, seja como sexo forte e ágil, seja reprimido, subordinado ou mesmo dotado de toda sensualidade, atuou no cinema trazendo moda e beleza para o mundo real, criando novos conceitos e padrões. 



A revolução dos vídeo games


Os games fazem parte do nosso cotidiano há muito tempo. Faz mais de 40 anos que o primeiro console começou a ser comercializado e mais de 50 que o primeiro foi criado. Com tanto tempo inserido na sociedade, várias gerações já jogaram vídeo game na infância, cada qual em sua época e com a interatividade que a tecnologia permitia.
Em tempos em que a ciência muda rapidamente, é impossível não reparar a evolução e as inovações dos vídeo games. Atualmente se pode jogar sem o uso de manetes, pode se jogar em celulares e outros aparelhos móveis. Definitivamente uma revolução que há pouco tempo seria impossível pensar. Vamos traçar alguns paralelos e mostrar as diferenças interativas que os consoles sofreram ao longo destes 50 anos. 





O palco e o ambiente na composição teatral




A palavrateatroaborda tanto o significado de uma forma de arte quanto o local designado para essa função - o que é bem compreensível quando se leva em consideração a importância que o espaço tem na composição de uma encenação teatral. Existem várias plataformas de palcos e ambientes que podem ser mais ou menos influentes ou favoráveis para cada tipo de apresentação. A forma como se pretende levar a arte ao público é um dos principais elementos que são levados em conta no momento de fazer essa escolha.
Alguns formatos são mais tradicionais e se popularizaram entre o público e os produtores teatrais. Assim, existem três principais plataformas que a serem adotados para uma composição teatral: o palco italiano, o teatro de arena e o teatro de rua.
A imagem do palco italiano é possivelmente aquela que surge de imediato na mente das pessoas, com sua forma retangular e a presença de cortinas. Os atores representam apenas de frente, na chamada boca de cena (frente do palco). Geralmente é o formato que mais distancia os atores do público, mas alguns diretores optam por não seguir isso a risca e fazem inserções em meio à plateia.



quinta-feira, 25 de julho de 2013

Claudia Andujar e o engajamento pela luta de preservação da cultura indígena


Sensibilidade para reconhecer no outro uma verdadeira fonte de inspiração. É assim que o trabalho de Claudia Andujar pode ser definido. Sem se prender a formalidades sociais e convenções pré-estabelecidas, Claudia buscou inspiração em grupos marginalizados – especificamente em grupos indígenas. Nascida em 1931, na Suíça, Claudia viveu em Nova York, mas nos anos 1950 se transferiu para o Brasil. A partir daí começou uma série de trabalhos fotográficos com grupos isolados do interior do estado de São Paulo.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Gastronomia: mistura de estética e sabor

A Gastronomia (do grego “gastro”: estômago e nomia: “conhecimento”) se perde quanto à sua origem, mas estima-se que tenha iniciado no período paleolítico, quando o homem começou a caçar. A partir daí, passou-se a desenvolver técnicas de cozimento, tempero e conservação dos alimentos.
Nos dias de hoje, o que gostamos mesmo é de comer com olhos: apreciamos artisticamente determinado prato devido a sua ornamentação que, se for chamativa, passa a nos interessar quanto ao seu sabor.
As preparações, das mais simples às mais sofisticadas, conseguem despertar sensações nos indivíduos. No artigo “O que ainda podemos esperar da experiência estética?”, o autor Carlos Guimarães explica que a percepção estética é “uma relação experimental entre a significação dos objetos estéticos e a nossa experiência presente”. Observar as ligações feitas entre o prato apresentado e o juízo sobre ele estabelecido a partir de experiências anteriores, vivências distintas, mas que, de alguma forma, são provocadas pela comida, é a maneira como a estética aparece na gastronomia.


Os tons em vermelho na comida indiana são atrativos

A representação do grotesco no teatro

     Algumas das características que vem na cabeça quando se pensa na palavra grotesco é ridículo, feio, bizarro. Porem, essas características encaixam-se perfeitamente nas diferentes manifestações de arte.
    O grotesco no teatro pode se manifestar, por exemplo, através de peças que apresentam críticas sociais. Os excessos nas formas de expressão dos atores, e às vezes do cenário, acabam contribuindo para dar um teor cômico.

     A Cia de teatro Buraco d’Oráculo, através de suas peças, busca discutir o homem urbano contemporâneo e seus problemas. Os atores se apresentam na rua e usam a cultura popular como fonte inspiração. O grotesco em suas peças se destaca de maneira cômica por meio de questões presentes na realidade das pessoas. 


Expoentes da cultura urbana atual, Os Gêmeos levam a arte brasileira por onde passam

          Nascidos como Otávio e Gustavo Pandolfo, mas conhecidos nacional e internacionalmente como “Os Gêmeos”, esses dois irmãos levaram o grafite brasileiro aos quatro cantos do mundo. Originária da cidade de São Paulo, a dupla se formou em Desenho de Comunicação pela Escola Técnica Estadual Carlos de Campos, mas foi nas ruas (mais precisamente nos muros) do bairro Cambuci que eles encontraram a forma perfeita e ideal de expressão artística.



O Barroco mineiro nos dias atuais

Um dos representantes do Barroco na atualidade é Maurino Araújo, importante escultor brasileiro reconhecido internacionalmente. Já esteve em duas edições da Bienal de São Paulo e chegou a expor no Museu Guggenheim (EUA). Nascido na cidade mineira de Rio Casca e morando atualmente em Belo Horizonte, o artista de 70 anos afirma em entrevista para o portal UAI que vive um dos seus melhores momentos, tanto pessoal quanto profissional.



segunda-feira, 1 de julho de 2013

A composição sonora dos comerciais

     Vivemos em uma sociedade onde uma grande maioria assiste televisão e, consequentemente, entra em contato com peças publicitárias. Caracterizadas como pequenos filmes que duram de 15 a 30 segundos, essas peças possuem a difícil função de convencer o telespectador, em um curto espaço de tempo, a consumir um determinado produto. Com o avanço da tecnologia, as agências de publicidade transformam o horário do intervalo em um momento de diversão e de grandes produções, que acabam por hipnotizar quem está assistindo. Um dos elementos mais importantes na construção de um comercial televisivo é a sua trilha sonora. Os sons (em especial a música) estabelecem um universo capaz de produzir sensações e atitudes inesperadas, sendo essenciais na composição da linguagem publicitária.

Carybé



Hector Julio Páride Bernabó nasceu no dia 7 de fevereiro de 1911 na cidade de Lanús, na Argentina.  Mas foi no Brasil que ele se estabeleceu e é desse país que sua arte deriva, tendo se naturalizado brasileiro em 1957.  Foi pintor, gravador, escultor, ceramista, ilustrador e desenhista.


Maus – a história de um sobrevivente

Maus é um quadrinho norte americano de Art Spiegelman, que traz a história de um sobrevivente de Auschwitz retratada pelo filho do sobrevivente. Art Spiegelman transcende os gêneros mais comerciais nos quadrinhos, como os de super heróis, por exemplo, para inovar na narrativa, trazendo à oitava arte um relato autobiográfico complexo, rico em detalhes, dramático e com humor sutil.
Spiegelman ouve o relato do seu próprio pai, Vladek, um judeu polonês que sobreviveu ao Holocausto. No quadrinho, Spiegelman retrata os judeus como ratos (em alemão: maus), os alemães como gatos e os norte-americanos como cães. Além dos poloneses serem retratados como porcos, franceses como sapos, russos como ursos e ingleses como peixes.