sexta-feira, 3 de julho de 2015

A Obra de Arte na Época de sua Reprodutibilidade Técnica

Por Ana Carolina Leão, Cleomar Marin,
Patrícia Freitas e Núbya Fontes

Ao desenvolver o texto de “A Obra de Arte na Época de sua Reprodutibilidade Técnica”, Walter Benjamin discursa sobre o advento de produtos culturais de massa, a consequente perda da autenticidade das produções artísticas e a efemeridade das mesmas.

Benjamin destaca que, em essência, toda obra de arte sempre foi reprodutível. O que os homens faziam sempre podia ser imitado por outros homens. Porém, com o avanço das técnicas, a reprodução torna-se um processo de massa e uma das características fundamentais da indústria cultural.

E o que isso gera? Bom, a reprodução em massa substitui a existência única da obra por uma existência serial. Por mais que com a reprodutibilidade a obra se torne mais acessível, ela perde sua autenticidade, seu caráter único e original.

As obras de Romero Britto exemplificam perfeitamente a era da reprodutibilidade. Suas obras são vistas em todo e QUALQUER lugar. Há movimentos que repudiam a chamada “romerobrittização”,
tamanha a sua presença nas coisas mundanas.

Com a reprodução ela perde o aqui e agora vivido pelo seu autor, a obra não possui mais as emoções vivida no momento de sua confecção, ou seja, sua aura foi deteriorada e o seu valor de culto é drasticamente alterado. E esse “declínio” da aura está relacionado ao intenso desejo que as massas contemporâneas possuem de aproximar as coisas, espacial e humanamente. Superando a tendência de caráter único das coisas.

O momento em que uma obra de arte é concebida é visto, por Benjamin, como irrepetível. A partir desse instante, o processo do passar do tempo cria nelas certa tradição, responsável por agregar seu valor e propriedades autênticas impossíveis de ser alcançadas nas suas reproduções. É esta tradição que difere determinadas peças de suas cópias. Quando se trata de cinema, a reprodução se torna fundamental: além de difundir um produto de cultura de massa, a exibição constante é responsável por “pagar” pela produção do filme. Na época da indústria cultural em que vivemos, uma obra cinematográfica de “sucesso” não é necessariamente a melhor avaliada pela crítica, mas sim aquela vista por mais pessoas, ou seja, a mais reproduzida.





Minions (2015) foi a melhor estreia dos cinemas brasileiros porque
foi o mais visto, mas não necessariamente é o melhor filme.

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