Por Erick Coelho, João Negrelli, Jonathan Fagundes,
Leonardo Gonçalves, Ricardo Almeida e Thalison Oliveira
Leonardo Gonçalves, Ricardo Almeida e Thalison Oliveira
Benjamin acredita que obras de artes cinematográficas precisam chegar a um maior número de pessoas, porém, ressalta que a massificação faz com que elas percam seu valor. (Foto: Reprodução/Abril Online)
A autora Miriam Hansen abre seu discurso mostrando a importância do trabalho de Walter Benjamin e o quanto sua obra foi útil para todos. No texto, vemos com o “cinema de atrações” tinha a capacidade de atrair o espectador e como a sua aparição já era um acontecimento. Ele surge com planos longos contendo cenas cotidianas e valorizando o valor documental da obra. Depois, os filmes passam a ter múltiplos planos, com privilégio em ações físicas e personagens.As mudanças acontecem no cinema após as narrativas “hollywoodianas” acabarem com o “ilusionismo” presente no cinema de atrações. Nesse ponto, Benjamin se posiciona de forma dual aos fatores em oposição. De um lado, o “cinema de atrações” produzido com arte, de outro, o cinema industrializado e de fácil acesso para boa parte da população. Ele acredita que a obra, vista como arte, precisa alcançar o maior número de pessoas possível, porém ela não pode se tornar massificada porque acabará perdendo seu valor. O cinema, como obra de arte, possui a aura, que está ligada a singularidade de uma obra, o fato dela ser vista como sagrada. Dessa forma, quando a obra se torna apenas um objeto/produto a ser comercializado o cinema perde sua aura e se torna massificado.
Há diferenças entre o turista e o flanador, segundo Benjamin. O turista quer visitar e fotografar monumentos e pontos turísticos apenas por conveniência, porque todos o fazem. Já o flanador, só faz o registro após apreciar a obra, após saber sobre ela e compreendê-la. Benjamin apresenta a tecnologia como fator importante para dar acesso ao um maior número de pessoas sobre o cinema. Porém, ele ressalta o quanto a reprodutividade técnica impede o espectador de captar qualquer vestígio artístico na obra/produto.
O homem moderno vive a experiência do choque a todo instante, tal fato reflete na forma como o cinema vem sendo produzido. A capacidade de fixação de imagens foi perdida, portanto, o cinema passa a contar com a utilização de mudanças bruscas e rápidas nas imagens, assim, deixa de ser dirigido para o espectador e é feito para a multidão com reações moldadas.
O autor ainda destaca a importância da significação que a obra tem na
vida da pessoa. No cinema de atrações ou de montagem, quando é
construído com base no seu poder criativo para transmitir alguma ideia
central, o espectador consegue apreciar a obra, deixar que ela transmita
o que tem por objetivo e depois o indivíduo dá o retorno àquela obra.
Já no cinema de massa, o observador consome o filme e vai apenas
reproduzir ideias e conceitos que o próprio filme induz.
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