segunda-feira, 14 de julho de 2014

Fauvismo, Art Noveau e Metafísica

Bruna Guimarães, Júlia Moreira, Juliana Souza, Rita de Cássia Lellis 

Diante das correntes artísticas apresentadas, a nossa escolha por três delas foi baseada na curiosidade. Observando os nomes selecionamos aqueles que nos pareciam mais estranhos, para conhecer melhor os movimentos dos quais acreditávamos saber menos ou quase nada.
O primeiro deles foi o Fauvismo. O Fauvismo é uma corrente artística do início do século XX, tem como uma das características a máxima expressão pictórica, onde as cores são utilizadas com intensidade, a simplificação das formas e o estudo das cores. Os seus temas eram leves, e não tinham intenção crítica, revelando apenas emoções e alegria de viver. As cores eram utilizadas puras, para delimitar planos, criar a perspectiva e modelar o volume.
O nome da corrente deve-se a Louis Vauxcelles. Esse chamou alguns artistas de “Les Fauves” (que significa “feras” em português) em uma exposição em 1905, pois havia ali a estátua convencional de um menino rodeada de pinturas nesse novo estilo. Os princípios desse movimento foram: Criar, em arte, não possui relação com o intelecto ou sentimentos; Criar é considerar os impulsos do instinto e das sensações primárias; e a exaltação da cor pura. Seus principais artistas foram Henri Matisse, Maurice de Vlaminck, André Derain e Othon Friesz.


Legenda: A música - Matisse, 1939

A segunda corrente escolhida foi a Art Noveau. A art nouveau é um estilo artístico que interessa mais para as artes aplicadas (como a arquitetura, o design e as artes decorativas, por exemplo). Surgiu logo após um período de industrialização na Europa, em que as pessoas buscavam trazer de volta a “humanidade e a natureza” – e também, aumentar o luxo de alguns ambientes, na belle époque europeia. Como as técnicas para manipular materiais como o ferro e o vidro estavam mais avançadas, era possível criar as linhas sinuosas e formas orgânicas necessárias para reproduzir formas da natureza na arquitetura e em objetos cotidianos.
Independentemente de sua aplicação – na elaboração de uma janela para uma casa, ou de uma gravura para um anúncio – a art nouveau sempre apresenta algumas características: linhas sinuosas; formas orgânicas; presença de elementos naturais, sobretudo folhas, flores, libélulas, pássaros, crustáceos e peixes; subjetividade e simbolismo, com obras remetendo para o mundo dos sonhos, e, muitas vezes, do erotismo. O art nouveau é um estilo eminentemente internacional, com denominações variadas nos diferentes países.
            Alguns de seus artistas importantes foram Victor Horta - projetista e arquiteto belga, Ferdinand Hodler (pintor suíço), Emile Gallé (designer e artesão francês), Alfons Maria Mucha (designer e ilustrador checo), August Endell (arquiteto alemão), Jan Toorop (pintor holandês), Hector Guimard (arquiteto e desenhista industrial francês), Antoni Gaudí (arquiteto espanhol), Henry van de Velde (projetista, designer e arquiteto belga), Gustav Klimt (pintor austríaco), Joseph Olbrich (arquiteto austríaco), Les Vingt (pintor belga), Emilie Flöge (designer austríaca).


Legenda: Retrato de Adele Bloch-Bauer I - Gustav Klimt, 1905

            A Metafísica foi a última corrente escolhida. Enquanto pintura, a arte metafisica tem inspiração na ciência Metafísica, que estuda tudo que se manifesta de maneira sobrenatural. Surgida no século XX, a pintura metafísica explora os efeitos de luzes misteriosas, sombras sedutoras e cores ricas e profundas, de plástica despojada e escultural. A pintura deve criar um impressão de mistério, através de associações pouco comuns de objetos totalmente imprevistos, em arcadas e arquiteturas puras, idealizadas, muitas vezes com a inclusão de estátuas, manequins, frutas, legumes, numa transfiguração toda especial, em curiosas perspectivas divergentes.
            Apesar das diferenças da produção artística de cada um dos pintores deste movimento, é possível identificar algumas características comuns, como a fixação em representações figurativas com referências à arte clássica; a recusa da expressão do movimento; o afastamento relativamente à estética industrial ou ligada à máquina; a procura de objetos do quotidiano e de espaços urbanos para criar um universo misterioso.
            Giorgio De Chirico foi a figura mais emblemática e o líder deste movimento, segundo ele, para que fosse verdadeiramente imortal, uma obra de arte teria que abandonar por completo os limites do humano. A Pintura Metafísica de De Chirico tem origem quando se extrai uma obra do ponto mais profundo de seu ser, indo até onde tudo o que existe é silêncio e onde toda a presença se dá pela ausência.
Para o artista elementos clássicos da pintura italiana (como o espaço em perspectiva e as arquiteturas urbanas, somados à evocação de lugares, especialmente Ferrara, com suas amplas perspectivas, brancas e desertas) levariam-o a um mergulho em sua alma que, por sua vez, o conduziria inevitavelmente a uma arte metafísica. Nessa busca por algo que está além do que se vê e que antecipa a própria paisagem juntaram-se outros artistas de destaque como Giorgio Morandi, Atanásio Soldati, Carlo Carrà, entre outros.


                                              Legenda: Giorgio De Chirico - A comédia e a tragédia, 1926

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