Bruna
Guimarães, Júlia
Moreira, Juliana
Souza, Rita
de Cássia Lellis
Diante
das correntes artísticas apresentadas, a nossa escolha por três delas foi
baseada na curiosidade. Observando os nomes selecionamos aqueles que nos
pareciam mais estranhos, para conhecer melhor os movimentos dos quais
acreditávamos saber menos ou quase nada.
O
primeiro deles foi o Fauvismo. O Fauvismo é uma corrente artística do início do
século XX, tem como uma das características a máxima expressão pictórica, onde
as cores são utilizadas com intensidade, a simplificação das formas e o estudo
das cores. Os seus temas eram leves, e não tinham intenção crítica, revelando
apenas emoções e alegria de viver. As cores eram utilizadas puras, para
delimitar planos, criar a perspectiva e modelar o volume.
O
nome da corrente deve-se a Louis Vauxcelles. Esse chamou alguns artistas de
“Les Fauves” (que significa “feras” em português) em uma exposição em 1905,
pois havia ali a estátua convencional de um menino rodeada de pinturas nesse
novo estilo. Os princípios desse movimento foram: Criar, em arte, não possui relação
com o intelecto ou sentimentos; Criar é considerar os impulsos do instinto e
das sensações primárias; e a exaltação da cor pura. Seus principais artistas
foram Henri Matisse, Maurice de Vlaminck, André Derain e Othon Friesz.
Legenda: A música - Matisse, 1939
A
segunda corrente escolhida foi a Art Noveau. A art nouveau é um estilo
artístico que interessa mais para as artes aplicadas (como a arquitetura, o
design e as artes decorativas, por exemplo). Surgiu logo após
um período de industrialização na Europa, em que as pessoas buscavam trazer de
volta a “humanidade e a natureza” – e também, aumentar o luxo de alguns
ambientes, na belle époque europeia. Como as técnicas para manipular materiais
como o ferro e o vidro estavam mais avançadas, era possível criar as linhas
sinuosas e formas orgânicas necessárias para reproduzir formas da natureza na
arquitetura e em objetos cotidianos.
Independentemente
de sua aplicação – na elaboração de uma janela para uma casa, ou de uma gravura
para um anúncio – a art nouveau sempre apresenta algumas características:
linhas sinuosas; formas orgânicas; presença de elementos naturais, sobretudo
folhas, flores, libélulas, pássaros, crustáceos e peixes; subjetividade e
simbolismo, com obras remetendo para o mundo dos sonhos, e, muitas vezes, do
erotismo. O art nouveau é um estilo eminentemente internacional, com
denominações variadas nos diferentes países.
Alguns de seus artistas importantes
foram Victor Horta - projetista e arquiteto belga, Ferdinand Hodler (pintor
suíço), Emile Gallé (designer e artesão francês), Alfons Maria Mucha (designer
e ilustrador checo), August Endell (arquiteto alemão), Jan Toorop (pintor
holandês), Hector Guimard (arquiteto e desenhista industrial francês), Antoni
Gaudí (arquiteto espanhol), Henry van de Velde (projetista, designer e
arquiteto belga), Gustav Klimt (pintor austríaco), Joseph Olbrich (arquiteto
austríaco), Les Vingt (pintor belga), Emilie Flöge (designer austríaca).
Legenda:
Retrato de Adele Bloch-Bauer I - Gustav Klimt, 1905
A Metafísica foi a última corrente
escolhida. Enquanto pintura, a arte metafisica tem inspiração na ciência
Metafísica, que estuda tudo que se manifesta de maneira sobrenatural. Surgida
no século XX, a pintura metafísica explora os efeitos de luzes
misteriosas, sombras sedutoras e cores ricas e profundas, de plástica despojada
e escultural. A pintura deve criar um impressão de mistério, através de
associações pouco comuns de objetos totalmente imprevistos, em arcadas e
arquiteturas puras, idealizadas, muitas vezes com a inclusão de estátuas,
manequins, frutas, legumes, numa transfiguração toda especial, em curiosas
perspectivas divergentes.
Apesar das diferenças da produção
artística de cada um dos pintores deste movimento, é possível identificar
algumas características comuns, como a fixação em representações figurativas
com referências à arte clássica; a recusa da expressão do movimento; o
afastamento relativamente à estética industrial ou ligada à máquina; a procura
de objetos do quotidiano e de espaços urbanos para criar um universo
misterioso.
Giorgio De Chirico foi a figura mais
emblemática e o líder deste movimento, segundo ele, para que fosse
verdadeiramente imortal, uma obra de arte teria que abandonar por completo os
limites do humano. A Pintura Metafísica de De Chirico tem origem quando se extrai
uma obra do ponto mais profundo de seu ser, indo até onde tudo o que existe é
silêncio e onde toda a presença se dá pela ausência.
Para
o artista elementos clássicos da pintura italiana (como o espaço em perspectiva
e as arquiteturas urbanas, somados à evocação de lugares, especialmente
Ferrara, com suas amplas perspectivas, brancas e desertas) levariam-o a um
mergulho em sua alma que, por sua vez, o conduziria inevitavelmente a uma arte
metafísica. Nessa busca por algo que está além do que se vê e que antecipa a
própria paisagem juntaram-se outros artistas de destaque como Giorgio Morandi,
Atanásio Soldati, Carlo Carrà, entre outros.
Legenda: Giorgio De
Chirico - A comédia e a tragédia, 1926