O INÍCIO
Contar
o início da animação é bem engraçado e peculiar. Pois acreditem ou não, essa
nova onda, para a época, não era reduzida (como muitas pessoas acham nos dias
de hoje) a apenas coisa de criança. Mas uma descoberta genial, criativa, feita
para um público adulto.
Claro,
hoje em dia, a animação se difere em variados temas e faixas etárias. Desde Bob
Esponja, Ben 10, a Os Simpsons, South Park. Sua linguagem estética não muda,
mas sim seu teor crítico. Mas para começar a falar de animação, voltamos lá na
época em que foram registrados os primeiros desenhos nas paredes das cavernas.
Os desenhos mantinham uma sequência de fatos que, querendo ou não, animação é
isso, uma sequência de imagens contando algo. Evoluindo mais ainda no tempo, os
teatros de sombras realizados na China, que imprecisamente se datam no ano 121 depois de Cristo.
Daí,
pequenos truques ou brincadeiras, como o “taumatropo”, trouxeram grande
perspectiva para o avanço da animação. E logo a captura de imagens em movimento
por câmeras foi o grande estopim para que as técnicas avançassem e não parassem
mais. Exemplo é a técnica de animação em Stop-Motion, em que cada movimento do
boneco, massinha, personagem, objeto, é fotografado e depois visualizado em
sequência dinâmica, dando “vida” a história. (Clique AQUI e assista a um vídeo)
OS CARAS
Com
ênfase na estética absurda e na fantasia, os primeiros a se aventurarem na
experiência da animação foram os seguintes nomes: Auguste e Louis - os
irmãos Lumiére.
Émile
Cohl com o primeiro desenho animado em um projetor de filmes moderno chamado de Fantasmagorie
George
Méliès, que para quem viu o filme A
invenção de Hugo Cabret se tornou um pouco íntimo da história deste
cineasta. Ele foi o construtor mais representativo da época deste mundo de
fantasia que é a animação. Sua obra mais conhecida é Viaje a La Luna.
Quirino
Cristiani fez o primeiro filme de longa-metragem animado. Até então,
as animações eram curtas de, no máximo, 4 minutos. Mas infelizmente um incêndio
destruiu qualquer resquício deste inovador trabalho. Mas na internet é possível
ver produções posteriores deste argentino.
Lotte
Reiniger fez o segundo filme de animação com nome de As Aventuras do Príncipe Achmed. É uma coisa bem psicodélica, mas
muito interessante de se ver.
OS DESENHOS
É interessante antes saber que O Gato Félix
(1919) foi o primeiro sucesso consagrado ainda na era muda, que agradava o
público em geral e o primeiro a ser transmitido pela televisão em 1930. Aquela
idéia que eu comecei dizendo no post, sobre as animações terem surgido para um
universo adulto foi quebrado com este desenho. Apesar do humor quase negro, era
um desenho que atingia a todas as faixas etárias. Mas, apesar disso, não durou
muito tempo. E foi então a vez do rato
Mickey.
Steamboat Willie
foi a primeira animação a possuir som, sendo que a orquestra que compõe a
trilha foi regida pelo próprio Walt Disney, assim como as dublagens. Walt
Disney a partir daí também iniciou a junção animação + musical que hoje é a
maior marca dos estúdios Disney.
Depois
dessa, não parou mais. Mickey estava surgindo como a cara da animação. Logo curta Flowers and Trees, de 1932, foi o
primeiro a utilizar completamente as técnicas de colorização Technicolor de
três faixas de cores, trazendo assim mais vida a este universo até então
limitado ao preto e branco. E foi também o primeiro curta de animação a ganhar o
Oscar de estréia da categoria.
Só
voltando um pouco ainda na era dos desenhos mudos, eu não poderia deixar de
citar a sensual Betty Boop. Foi outra grande estrela da animação dos anos 30. A
época era extremamente conservadora, e Betty quebrou todas as regras. Ela teve
mais de 100 animações, e em todas elas a personagem era extremamente provocante
pelas roupas que usava, seu jeitinho inocente e independente. Até que no ano de
1934, um código de produção foi criado para censurar a animação. Hoje, quando
assistimos a algum episódio não achamos nada de mais, mas para a época aquilo
era muito fora dos padrões de uma mulher. Ela dirigia, morava sozinha e
trabalhava.
AS TÉCNICAS
O
Stop Motion, traduzido, significa
parar movimento. É uma técnica muito usada até os dias de hoje. Consiste de
fotos em seqüência que formam uma animação. São exemplos bem conhecidos as
animações com massinha. Cada movimento é fotografado.
O 2D é um termo para duas
dimensões. O mais conhecido é o próprio papel. Ao desenhar um “frame” tira-se
uma foto desse e continua ao próximo. Exemplos de 2D são os desenhos do Walt
Disney. Uma curiosidade é que hoje a Disney não produz mais animações
neste estilo, sua última produção utilizando esta técnica foi o filme A princesa e o sapo. Depois de Detona
Ralph ter sido produzido em técnica 3D- Digital e dado muito lucro ao estúdio,
a Disney agora só produzirá filmes nesta qualidade.
O
vídeo a seguir é o making of da produção do filme e mostra como é esta produção
em 2D.
3D-Digital é a marca das animações do estúdio Pixar.
Precisa-se de um computador e um software. Programas como Autodesk – Maya,
3dsmax – Blender além de outros onde se pode criar tudo, desde um personagem
até um cenário.
Exemplos
são Toy story, Procurando Nemo, Monstros S.A, Carros, Vida de inseto, Shrek
etc.
Aliás,
Toy Story foi a primeira animação em técnica 3D-Digital que estreou nos cinemas.
A profundidade das cenas e o brilho são algumas diferenças que se consegue
notar com relação à tradicional técnica 2D.
A seguir um curta da Pixar de 2011 em qualidade 3D-Digital.
Texto: Vanessa Castro, Jessica Silva e Ana Luisa Lopes
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