Fez parte do Grupo Frente, é uma das criadoras do
Manifesto Neoconcreto. Escreveu a trilogia de obras: Livro da Criação, Livro da
Arquitetura e Livro do Tempo, na década de 50. Na seguinte, trabalha com
roteiro, montagem e direção cinematográficos ao mesmo tempo em que dá início a
produção de esculturas em madeira e também dá vida ao Livro-Poema, composto de
xilogravuras e claro, poemas.
Em 1971, produz o curta-metragem O Guarda-Chuva Vermelho, sobre o desenhista Oswaldo Goeldi. Na década posterior, é congratulada com uma bolsa de estudo da Fundação Guggenheim.
Ttéia1C (2002),
nome escolhido em função de fazer alusão a uma teia, é uma
obra que simboliza a última etapa da carreira de Lygia Pape e sintetiza as indagações
sustentadas durante a carreira dessa artista que é um dos mais significantes
nomes da arte nacional a partir da segunda metade do século XX.
Ttéia é o
resultado final quando se soma todas as fases da trajetória de Lygia. Desde a
primeira, em 1977, com seus alunos da
Escola de Artes Visuais do Parque Lage, em que propunha a manutenção de fios
esticados tendo a natureza como espaço. A segunda, que a artista espalhava
panos e malhas por toda a cidade, incluindo prédios e casas. Somente no final
da década de 90 é que a obra começou a tomar corpo com o que representa hoje:
grandes instalações com fios metalizados ligando elementos da arquitetura,
e que em Inhotim, une o teto ao piso.
Pape é reconhecida pela uma grande criatividade que
desponta em seus trabalhos ao mesmo tempo em que une elementos como ‘’sensibilidade
e humor’’. As obras de Lygia, em sua maioria, foram criadas para despertar no
público as mais diversas reações, o que exige um tempo maior de apreciação.
Dessa forma, não foram desenvolvidos para serem consumidos com urgência, mas
sim com percepções e paciência.
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