terça-feira, 8 de julho de 2014

Estética nos pôsteres cinematográficos


Por Ana Luisa Moreira 

      Pôsteres são peças artísticas e com função decorativa. A construção plástica dos cartazes sempre foi fundamental para a divulgação dos filmes. Sua linguagem evoluiu juntamente com as mudanças no estilo cinematográfico. Sua principal função é a divulgação visual e publicidade, mas também vêm sendo uma peça de valor estético.
      As diversas áreas culturais demandam a produção dessas peças. Cinema, teatro, música, artes plásticas, política, dança e o circo, correspondem as principais delas. Segundo Paulo Moretto, os cartazes de cinema e teatro são os que possuem abordagens menos literais do conteúdo divulgado, uma vez que o das artes plásticas produzem imagens das obras de arte divulgadas naquela exposição.
      A primeira produção artística e industrial foi um cartaz litográfico colorido, em 1858, feito pelo parisiense Jules Chéret, precursor do pintor pós-impressionista Henri de Toulouse-Lautrec, este assinou diversas obras de Jules. Contudo é no século XX, os cartazes tiveram uma grande importância no design moderno. A passagem de século foi caracterizada pelo movimento Art Nouveau, os pôsteres desta época tinham maior liberdade estética e criativa. Desejam unir arte com a sociedade.
      Em 1920, os vários movimentos artísticos, principalmente o futurismo, dadaísmo, cubismo, entre outros, influenciaram o design destes cartazes.
   Na Segunda Guerra eles começaram a serem usados como objetos publicitários de guerra, com mensagens diretas.  A Rússia foi à precursora, seus projetos eram caracterizados pelo envolvimento com propagandas do governo soviético e com as vanguardas artísticas da época.
   A década de 60 se caracterizou pela venda dessas peças como obras de arte. Grandes artistas começaram a produzir cartazes encomendados por galerias e museus.
     Dos movimentos da vanguarda europeia à desconstrução pós-modernista, os pôsteres sobreviveram a uma constante renovação, se adaptando as novas mídias e formas de diagramar. E a importância deste objeto cresceu ainda mais para o cinema moderno, onde inovação e criatividade tornam-se cada vez mais necessários para atrair os olhares da sociedade.

Veja a mudança estética dos cartazes cinematográficos:

 Década de 20: Sua arte era compreendida por tipografias tradicionais e ilustrações manuais. Sua produção artística reproduzia-se relacionada com a fotografia do filme.


Década de 30: Nota-se uma mudança mais ousada nos projetos gráficos. O enfoque das ilustrações era, principalmente, nos rostos dos protagonistas dos filmes.


Década de 40: podemos notar uma sutileza estética com tratamento tipográfico mais sutil.


Década de 50: Vemos, agora, a aproximação dos pôsteres com uma linguagem mais conceitual. Não é necessária a presença dos personagens, enfatizando a composição textual.


Década de 60: Os cartazes adotam uma postura mais periférica, e ainda existe o uso das ilustrações.



Década de 70: As fotografias ganham destaques.


Década de 80: Início da diagramação de pôsteres como nós conhecemos hoje. Imagens equilibradas, fundos fotográficos.


Década de 90: São basicamente da mesma forma, fundos fotográficos, slogans na parte superior, nomes dos atores sobre o nome do filme.



Década de 2000: Apesar de o layout permanecer o mesmo, vemos a tendência da arte minimalista em várias peças, um projeto gráfico mais equilibrado e limpo.



















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